quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O primeiro momento de reflexão.

                Uma semana, sexta-feira, dia 04/02/2010 foi exatamente o dia em que mudei minha vida e sim, faz apenas uma semana essa mudança. Admito que está bem duro para mim aguentar sozinha toda essa avalanche de novidades que desabou e foi por opção própria. Segunda foi o primeiro dia de aula na escola nova (Lumen Vitae), o nervosismo já não era mais meu sobrenome, e sim, o primeiro nome. Estava tão insegura que não sabia o que fazer. Quando coloquei o uniforme, respirei fundo, coloquei mentalmente em ordem todos os meus objetivos e o porquê de tudo isso, tirei o “sentir falta” da cabeça e congelei o coração. Quando vi, já estava dentro de classe acompanhada de uma menina chamada Vanessa, a quem a inspetora disse: “vc pode fazer as honras à novata?” e ela, super simpática: “claro, pode deixa, vem comigo rs”  me apresentou por nome todas as pessoas que conhecia da classe, das quais eu não lembro o nome direito. Ter que informar a todos os professores que é de outro estado e o que veio fazer em São Paulo é bem duro, ter que ficar lembrando do Pará me traz lembranças, sinto dor no coração, mas logo logo foco no objetivo e congelo.  Hoje faz uma semana de aula, que legal, faça cara de diversão Júlia Prestes, mas eu acho que nem da certo. Ainda me sinto excluída na sala e muita gente ainda me olha como se eu fosse louca ( ou não). Admito que nunca havia visto tanto garoto bonito no mesmo local, mas sinto que preciso de calor humano. Um abraço de segunda feira da Barbara, uma simples conversa sem nexo com a Aida, um conselho profundo da Ana Paula, as mãos da Bianca e da Tayná segurando as minhas o tempo todo e em todos os locais, da Stéfanie eu precisava de tudo.. resumindo, precisava das amigas que sempre tive, não só as citadas, mas as outras também. Foi preciso um simples pensamento bobo para eu descongelar , o sentir falta viessem a tona, perdesse o foco e me desfizesse em choro. Destes dias, foi o momento em que mais precisei de amigas e de um abraço bom, que quem me deu foi o Gabriel. Vou tentar me comunicar e ser mais aberta, não da pra ficar assim por 265 dias. Rezem para que a minha adaptação ocorra o mais rápido possível e que eu consiga todos os meus objetivos. Mas uma coisa nova, não consigo mais falar “saudade” sem chorar e nem sei como digitei desta vez.

Só quero que alguém chegue para mim e diga: “ei, vai dar tudo certo, você vai ver.” E para mim, resolveria muita coisa.

Até :*